Quero pilotar esta moto

No último sábado, 21 de abril, eu e Maria participamos da Maratona Brasília de Revezamento, corrida que fez parte das comemorações do aniversário de Brasília. A equipe Lo-rã estava em peso com diversas equipes masculinas, femininas e mistas divididas em duplas, quartetos e octetos.

Eu adoro as corridas de revezamento, pois são boas oportunidades de socializar, apoiar os amigos naqueles últimos metros, competir com as outras equipes etc. Entretanto, existe uma responsabilidade maior, pois o grupo depende da soma dos resultados individuais de cada um. Se um falhar, o grupo é prejudicado.

Nesta prova em particular, o objetivo de cada equipe era cumprir 42.195 metros da prova, dando 4 voltas no percurso de 10,5 km que iniciava e terminava na Esplanada dos Ministérios, passando pela L2 Norte, N4 Leste (aquela pista que vai para a UnB e liga a L2 a L4) e a L4 Norte.

Os integrantes das duplas deveriam completar 2 voltas (21 km) cada um, sem interrupções. Nos quartetos, cada um deveria completar uma volta (10,5 km) e nos octetos, cada atleta deveria realizar meia volta. Aproximadamente no meio do percurso a organização criou uma área de transição para as equipes de 8 atletas. Basicamente, o percurso era metade descendo e a outra metade subindo. Nos octetos, sorte para quem descia e azar para quem subia. Nos quartetos e duplas o jeito era poupar energia na descida para ter fôlego subida. E eu vi muita gente sofrendo no final.

A corrida começou às 8:00, mas antes fomos agraciados com um espetáculo de balões tendo como pano de fundo o famoso céu de Brasília. Aliás, o céu daqui é uma das coisas que mais admiro na cidade e o que mais sinto falta quando viajo.


Eu participei de um quarteto masculino e a Maria de um octeto feminino, ou seja, eu faria 10,5 km e Maria aproximadamente 5 km. É claro que ela fez o trecho difícil de subida. Além de mim, meu grupo era composto pelo André (filho do Brasil), o Vinícius (Vini, capitão da equipe) e o Ricardo. E a equipe da Maria era composta pela Socorro, Julia, Maria, Sonia, Claudia, Dilsilene, Tula e Julieta. Que equipe forte, eu já pensava antes. Confirmaríamos isso mais tarde.

Depois de duas tentativas frustradas de bater os 10 km em 45 minutos, resolvi que não correria de relógio. Queria curtir a corrida, perceber a sensação do esforço, né Lo-rã? Ir num ritmo agradável, sem pressão. E acho que a estratégia valeu muito a pena. Na Fila Night Run notei que ficar olhando o relógio, controlando o pace (ritmo) atrapalhou a minha concentração e me deixou estressado. Quando eu me sentia bem e deveria acelerar, o relógio me travava. Quando eu não tinha mais pernas e via o meu pace aumentando, aquilo me irritava. Uai! Mas um dos benefícios da corrida não é desestressar? Pois é, e é mesmo, mas a vontade de melhorar o tempo pode ir um pouco na contramão deste benefício.

Fiz um bom tempo, sem me esforçar muito, sentindo o meu corpo e controlando melhor o lado psicológico.  Provavelmente se o percurso tivesse 10 km exatos, teria feito meu melhor tempo. O meu aprendizado foi que o resultado é apenas uma consequência. Nunca me senti tão bem após uma prova, mesmo tendo forçado um sprint nos últimos metros e chegado ofegante. Minutos depois eu já sentia que poderia correr o percurso novamente se fosse necessário. Quero usar o relógio apenas nos treinos e esquecê-lo nas corridas.

No geral minha equipe foi bem, 41ª colocada entre as 285 equipes masculinas, com um tempo 3h 15min 16s. Quem dera se eu fizesse este tempo sozinho na maratona.

No entanto, a maior alegria foi ver a equipe da Maria completando a prova em 3h 15min, 16 segundos na nossa frente. Eu, Maria, Sonia e Claudia que havíamos concluído a nossa parte apoiamos a Julieta (Ju) a completar o revezamento correndo ao lado dela. Ela passou feito um tiro e nos deixou pra trás.

Quando o resultado saiu, confirmamos que elas haviam chegado em terceiro lugar  no geral entre as equipes femininas, ganhando uma moto 0 km como prêmio. Eu e Lo-rã havíamos conversado na véspera e sabíamos que a equipe estava forte e iria disputar as primeiras colocações. O pódio foi uma festa. A Maria que já é feliz, naturalmente, estava vibrante. Que orgulho! Se correr por diversão já é bom, imagine ganhar um bom prêmio no final.



Parabéns meninas! Vocês correm MUITOOOOO! Quero andar de moto! Parabéns as demais equipes Lo-rã!


E que venha a Volta do Lago Caixa, considerada por mim a melhor corrida de revezamento de Brasília. Trata-se de um desafio de 100 km que contorna o Lago Paranoá. (Aliás, temos que montar nosso grupo pessoal do Sicoob). 17 de junho está aí.

4 comentários

Escreva comentários
dila
Autor
28 de abril de 2012 às 11:10 exclui

Parabensssss, fiquei fa de vcs!
bjs

Responda
avatar
30 de abril de 2012 às 07:36 exclui

Você é muito gentil, Dila. Obrigado por ler nossas histórias. Beijos

Responda
avatar
Maria Matos
Autor
3 de maio de 2012 às 11:02 exclui

Vem!!!Pode subir na minha garupa!!!Você escreve muito,muito bem!!!Eu irei fazer um livro!!!
Obrigada por acordar todo dia ao meu lado e me tirar da cama para treinar...Aí o resultado!!!

Responda
avatar
4 de maio de 2012 às 11:53 exclui

Hehehehe!!! Você é muito gentil!!!
Que tal ganhar um carro da próxima vez???
Do jeito que você está treinando, não duvido disso.
Eu que te agradeço por essa mudança total na minha vida.
Beijos.

Responda
avatar