Em janeiro deste ano retomamos os treinos em um ritmo mais light. Passamos o mês realizando educativos para fortalecer os músculos. Aos fins de semana, fizemos treinos urbanos com distâncias e dificuldades bem menores das quais estamos acostumados. Chegamos a sentir saudade dos nossos "longões" no meio do mato.
Aproveitando essas "férias" das corridas, eu e Maria resolvemos ir ao podólogo. Afinal de contas, nossos pés são maltratados durante o ano todo. Precisávamos cuidar deles também. Fomos a uma conhecida loja em Brasília especializada em podologia.
Quando fui atendido, me esqueci de avisar a podóloga para não retirar tanto os meus calos. Imaginem só. Seis anos correndo, era de se imaginar que o corpo havia criado uma proteção natural nos pés devido aos tantos quilômetros de corrida.
Comecei a ler uma revista e cochilei. Ao final da consulta, fui acordado pela podóloga e notei que o meu pé estava "lisinho" igual a "bumbum de nenê". Agradeci com um sorriso amarelo e fiquei pensando: "acho que não foi uma boa ideia".
Neste domingo (14) fizemos uma trilha perto de Sobradinho/DF. A Trilha do Índio é frequentada também pelo pessoal da mountain bike. Até cruzamos com alguns durante o percurso de 16 km.
Lá pelo km 12 do percurso senti um incômodo nos pés. Aproveitei uma parada em uma lagoa para tomar um banho. Quando retirei o tênis e a meia percebi que o que me incomodava eram bolhas que se formaram justamente nos pontos onde existiam os meus saudosos calos. Terminei o treino na raça e ao comentar o assunto após a trilha fui chamado de menino de vó por um casal de amigos da corrida: Dra. Wandrea e Max (o maior menino criado por vó deste planeta).
Resumo da história. Mais um aprendizado. Corredor de rua que é corredor de rua tem que ter calos nos pés. O pé fica meio feio, é verdade, mas melhor a feiura do que a dor. Bons treinos!